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ou a autonomia da personalidade
Só queria aproximar-me dessa nuvem que transportas e carregas, beber dessa chuva intermitente e lamber-me com essa seiva pungente, cáustica de tão corrosiva, lancinar-me de hematomas bebíveis e inclinar-me pare te beijar. Tão somente inclinar-me e sorver esses beijos sôfregos, essa alma que se evapora enquanto cai toda essa chuva. Encostar-me a ti e sorver toda essa áurea, cinzenta de tão decadente, sombria de tão frágil. Molha-me.