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ou a autonomia da personalidade
aqui para nós que ninguém nos ouve, a russa não tinha mas é dinheiro para o vôo de regresso
Gostava de te ter por perto. Mais vezes do que estás.
Aliás, gostava que te fundisses mais amíude assim como chocolate quente a derreter em crepes congelados. Os dois, juntinhos no microondas, em fundição absoluta. Os dois incorporados em matéria gordurosa e exagero de calorias. Unidos de tão espremidos emareados de tanta liquefacção.
Um enjoo portanto...
a falência da educação passa pela falência em nós próprios.
e é só.
eu ajudo as pessoas a chegarem ao sítio onde querem chegar...é isso que eu faço...
ter-te entre mãos enquanto me procuro minuciosamente nesta vida faz de mim uma pessoa cansada, vivida e gasta demais para te ouvir.
desconsolo-me enquanto te observo, distante e provocador, ausente e autoritário. canso-me demais procurando arranjar uma puta de uma desculpa que me serenize o suficiente para conseguir encarar-te de frente.
há coisas que não mudam. eu sou uma delas.
Tenho para mim que o tuga não aprecia cinema home made, essencialmente por causa dos trailers...
É que é irritante demais ficar-se rigorosamente igual no minuto antes de passar e no minuto seguinte porque fica-se com a sensação de estupidez total e ignorância abismal.
A pessoa fica de boca aberta tipo peixe de aquário à espera de comida a tentar perceber o que é, de que fala e o que conta. Fica ao mesmo tempo com uma indescritivel sensação de vazio que roça o deprimente.
A música inquinita de tão arrasadora, as frases (quando as há) são geralmente ditongos ou vá lá palavras que não revelam absolutamente nada.
Um trailer serve para aguçar o apetite do espectador e sintetizar uma história que se quer contar. Não para cortar pulsos e apimentar a vontade de assassinar o atrasado mental que as quis fazer desta maneira. Assim não me levam lá.
Entre o sentir-me vagamente angustiada e obcecada com a falta de trabalho (e inevitavelmente com a falta daquilo com que se compram os melões),
opto por descontraidamente gozar estas horinhas em que me entrego a fazer absolutamente nada, que é como quem diz,;
navegar na net e encontrar pérolas que jamais supunha existirem, ler compulsivamente revistas cor-de-rosa das quais não conheço um terço dos famosos, arrastar-me em esplanadas lisboetas e fumar desaustinadamente enquanto fermento genialidades que nunca irei pôr em prática...
o auto-boicote é a pior das armadilhas
hoje serviram-me um copo com meio sumo de laranja natural
será que me fiz meio entender?