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ou a autonomia da personalidade
Estas horas que vão passando e eu,
que me aturo já há uns anitos,
pondero sobre a sagacidade que alguns possuem.
Sagacidade de viver esta vida como se de um dia se tratasse.
Soube-se hoje da morte de alguém.
Soube-se hoje que em mim, mais um pedacinho pereceu.
Soube eu hoje,
que não possuo essa sagacidade de alguns,
que esta efervescência que é viver é, de facto uma sorte que nos acontece.
E, soubesse eu ter essa sagacidade de alguns,
viveria todos os dias,
como se do último se tratasse,
ligaria sempre a todos aqueles que imprimiram a sua essência em mim,
e agradeceria pela dádiva que é respirar e ter-vos a todos,
alguns só no coração, outros em casa, no trabalho, nos transportes,
outros por encontrar,
alguns que já esqueci.
Soubesse eu atrapalhar esta rotina dos dias que me correm e juro que gritaria,
para o mundo inteiro me ouvir,
que sorte esta!, a de poder escrever, sentir e continuar,
a buscar essa agudeza de espírito,
que me conforta saber que alguns a têem...